domingo, 26 de junho de 2011

Lazer da catequese e catequese do Papa



É bom compartilhar os momentos de alegrias de nossas vidas, aqui é o sítio de uma das catequistas como foi agradável esse encontro!


Catequese
A catequese é, em primeiro lugar, uma ação eclesial: a Igreja transmite a fé que ela mesma vive e o catequista é um porta-voz da comunidade e não de uma doutrina pessoal. A catequese faz parte do ministério da Palavra e do profetismo eclesial. O catequista é um autêntico profeta, pois pronuncia a Palavra de Deus, na força do Espírito Santo. Fiel à pedagogia divina, a catequese ilumina e revela o sentido da vida



O desafio da Igreja é a evangelização do mundo de hoje, mesmo em territórios onde a Igreja já se encontra implantada há mais tempo. Nossa realidade pede uma nova evangelização. A catequese coloca-se dentro desta perspectiva evangelizadora, mostrando uma grande paixão pelo anúncio do Evangelho.













cATEQUESE DO PAPA: APRENDENDO A ORAR COM OS SALMOS

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 22 de junho de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos grupos de peregrinos do mundo inteiro, reunidos para a audiência geral.
provinciasaopaulo.com
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Queridos irmãos e irmãs:
Nas catequeses anteriores, vimos algumas figuras do Antigo Testamento, particularmente significativas, em nossa reflexão sobre a oração. Falei sobre Abraão, que intercede pelas cidades estrangeiras; sobre Jacó, que, na luta noturna, recebe a bênção; sobre Moisés, que invoca o perdão sobre o povo; e sobre Elias, que reza pela conversão de Israel. Com a catequese de hoje, eu gostaria de iniciar uma nova etapa do caminho: ao invés de comentar episódios particulares de personagens em oração, entraremos no “livro da oração” por excelência, o Livro dos Salmos. Nas próximas catequeses, leremos e meditaremos alguns dos salmos mais belos e mais apreciados pela tradição orante da Igreja. Hoje, eu gostaria de introduzir esta etapa falando do Livro dos Salmos em seu conjunto.
O Saltério se apresenta como um “formulário”de orações, uma seleção de 150 salmos que a tradição bíblica oferece ao povo dos crentes para que se converta em sua (nossa) oração, nosso modo de dirigir-nos a Deus e de relacionar-nos com Ele. Neste livro, encontra expressão toda a experiência humana, com suas múltiplas facetas, e todo o leque dos sentimentos que acompanham a existência do homem. Nos Salmos, entrelaçam-se e se exprimem alegria e sofrimento, desejo de Deus e percepção da própria indignidade, felicidade e sentido de abandono, confiança em Deus e dolorosa solidão, plenitude de vida e medo de morrer. Toda a realidade do crente conflui nestas orações, que o povo de Israel primeiro e a Igreja depois assumiram como meditação privilegiada da relação com o único Deus e resposta adequada em sua revelação na história. Quanto à oração, os salmos são a manifestação do ânimo e da fé, nos quais se pode reconhecer e nos quais se comunica esta experiência de particular proximidade de Deus, à qual todos os homens estão chamados. E é toda a complexidade da existência humana que se concentra na complexidade das diversas formas literárias dos diferentes salmos: hinos, lamentações, súplicas individuais e coletivas, cantos de agradecimento, salmos penitenciais e outros gêneros que podem ser encontrados nestas composições poéticas.
Apesar desta multiplicidade expressiva, podem estar identificados dois grandes âmbitos que sintetizam a oração do Saltério: a súplica, conectada com o lamento, e o louvor, duas dimensões correlacionadas e quase inseparáveis. Porque a súplica está motivada pela certeza de que Deus responderá, e este gesto abre ao louvor e à ação de graças; e o louvor e o agradecimento surgem da experiência de uma salvação recebida, que supõe uma necessidade de ajuda que a súplica expressa. Na súplica, o salmista se lamenta e descreve sua situação de angústia, de perigo, de desolação ou, como nos salmos penitenciais, confessa a culpa, o pecado, pedindo para ser perdoado.
Ele expõe ao Senhor seu estado de necessidade, na certeza de ser escutado, e isso implica um reconhecimento de Deus como bom, desejoso do bem e “amante da vida” (cf. Sb 11, 26), preparado para ajudar, salvar, perdoar. Assim, por exemplo, reza o salmista no salmo 31: “Em ti, Senhor, me refugiei, jamais eu fique desiludido. (…) Livra-me do laço que me armaram, porque és minha força” (v. 2.5). Já no lamento, portanto, pode surgir algo do louvor, que se preanuncia na esperança da intervenção divina e se torna depois explícito quando a salvação divina se converte em realidade. De modo análogo, nos salmos de agradecimento e de louvor, recordando o dom recebido ou contemplando a grandeza da misericórdia de Deus, reconhece-se também a própria pequenez e a necessidade de ser salvos, o que é a base da súplica. Assim, confessa-se a Deus a própria condição de criatura inevitavelmente marcada pela morte, ainda que portadora de um desejo radical de vida. Por isso, o salmista exclama, no salmo 86: “Eu te darei graças, Senhor, meu Deus, de todo o coração, e darei glória a teu nome sempre, porque é grande para comigo o teu amor; do profundo dos infernos me tiraste” (v.12-13). De tal modo, na oração dos salmos, a súplica e o louvor se entrelaçam e se fundem em um único canto que celebra a graça eterna do Senhor que se inclina diante da nossa fragilidade. Exatamente para permitir ao povo dos crentes que se unam neste canto, o Livro dos Salmos foi dado a Israel e à Igreja. Os salmos, de fato, ensinam a rezar. Neles, a Palavra de Deus se converte em palavra de oração – e são as palavras do salmista inspirado –, que se torna também palavra do orante que reza os salmos. É esta a beleza e a particularidade deste livro bíblico: as orações contidas nele, ao contrário de outras orações que encontramos na Sagrada Escritura, não se inserem em uma trama narrativa que especifica o sentido e a função. Os salmos são oferecidos ao crente como texto de oração, que tem como único fim o de converter-se na oração de quem o sassume e com eles se dirige a Deus. Porque são Palavra de Deus, quem reza os salmos fala a Deus com as mesmas palavras que Deus nos deu; dirige-se a Ele com as palavras que Ele mesmo nos dá. Assim, rezando os salmos, aprendemos a rezar. Eles são uma escola de oração. continua no endereço eletronico  
  • Permalink: http://www.zenit.org/article-28290?l=portuguese


      

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