sábado, 23 de junho de 2012

Mães soropositivas

O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, esteve na 8ª Conferência Internacional sobre aides em Roma.

“A Igreja, presente nos países onde se manifesta tal pandemia, está muito preocupada com este verdadeiro drama do nosso tempo. É um drama que estraga tantas vidas humanas, debilita toda a sociedade e queima o futuro. É preciso fazer mais! Quanto mais infecções prosseguirem entre as mulheres, que são o pilar das famílias e das comunidades, maior será o risco de um colapso social de muitos países. A doença das mulheres, das crianças, dos homens torna-se doença de toda a sociedade”, salientou o cardeal recordou que atualmente cerca de 30% dos centros de tratamento de HIV/AIDS no mundo são católicos e destacou as principais ações da Igreja neste âmbito: a promoção de campanhas de sensibilização, programas de prevenção e educação sanitária, cuidado com os órfãos, distribuição de medicamentos e alimentos, assistência domiciliar, hospitais, centros, comunidades terapêuticas e de assistência ao doente, colaboração com os governos, cuidado com os carcerários, cursos de catequese, elaboração de sistemas de ajuda pela internet e instituição de grupos de apoio ao doente.



“Gostaria, na presença de tantos ministros influentes e responsáveis da saúde, de fazer um apelo à comunidade internacional, aos Estados e aos doadores: forneçamos logo, aos doentes de AIDS, um tratamento gratuito e eficaz! Que seja concentido o acesso universal à saúde! Façamos a partir das mães e das crianças”, enfatizou.

Em nome do Papa Bento XVI, Dom Bertone pediu pelos tantos sofredores e doentes que não têm voz pedindo mais empenho para responder às necessidades.

O secretário de Estado salientou que estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que o acesso universal ao tratamento é possível de ser alcançado, cientificamente e economicamente.

“Não é uma utopia: é possível Na África como na Europa, temos o dever de chegar a todas as mulheres grávidas soropositivas, administrar a terapia anti-retroviral, que possa dar à luz uma criança livre de AIDS e fazê-la crescer com acompanhamento materno”, reforçou.

Por fim, Dom Bertone afirmou que não é possível conceber um acesso ao tratamento para todos sem considerar a fraqueza - inclusive econômica - da maioria dos povos africanos e mulheres. Há necessidade de acesso gratuito aos cuidados.

Fonte: Arquidiocese de Teresina

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