Londres, 3 jun (EFE).- Em uma embarcação decorada com 10 mil
flores de seus jardins, a rainha Elizabeth II participa neste domingo de um
histórico e espetacular desfile de mil embarcações pelo rio Tâmisa, em Londres,
para comemorar seus 60 anos de reinado.
A flotilha reúne gôndolas, veleiros, traineiras, navios
militares, lanchas e embarcações de lazer, que transportam cerca de 20 mil
pessoas e compõem o maior espetáculo náutico dos últimos 350 anos no Reino
Unido.
A monarca, que comemora neste fim de semana seu Jubileu de
Diamante, está junto com seu marido, o duque de Edimburgo, e outros membros de
sua família, à bordo do 'Spirit of Chartwell', um barco utilizado para
transportar turistas que foi adaptado e decorado para a ocasião nas cores
vermelha, dourada e púrpura ao estilo das embarcações fluviais dos séculos XVII
e XVIII.
Feliz com o entusiasmo popular e a ausência de chuva neste
momento, Elizabeth II subiu à embarcação com um vestido branco e um chapéu da
mesma cor. A soberana, que escolheu esse tom para contrastar com as cores azul e
vermelho da bandeira britânica, usava também suas inseparáveis luvas, nesta
ocasião de cor lilás, e um broche prateado.
A rainha e o duque de Edimburgo viajam sentados em dois tronos
vermelhos protegidos da possibilidade de chuva por um dossel no alto de uma
embarcação cuja proa tem uma escultura de cor dourada com os símbolos do
Tâmisa.
Mais detalhe...http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=250683180
No jubileu da rainha, britânicos discutem futuro pós-Elizabeth II
Quando os britânicos entoarem o hino nacional "Deus Salve a Rainha", durante os quatro dias de celebrações do 60º aniversário do reinado de Elizabeth II, os monarquistas podem ter motivos para gritarem com força o verso "que reine longamente sobre nós". As pesquisas mostram que a rainha de 86 anos continua sendo enormemente popular entre os britânicos, mas há dúvidas sobre o futuro da monarquia quando seu filho, o príncipe Charles, que já tem 63 anos, se tornar rei.
Republicanos e até alguns monarquistas convictos dizem que o futuro será um desafio real - em todos os sentidos - para uma instituição que depende do carisma do seu titular para continuar relevante no mundo moderno. "A monarquia só é tão boa quanto as pessoas que estão fazendo o trabalho", disse o biógrafo real Robert Lacey. "Os britânicos já cortaram a cabeça do seu rei, os britânicos já viveram como República durante 11 anos, sob Oliver Cromwell. Poderíamos fazer isso de novo."
Elizabeth se tornou rainha aos 25 anos, em 6 de fevereiro de 1952, com a morte do seu pai, George VI. Winston Churchill era o primeiro-ministro na época. Ela herdou a coroa de um rei extremamente popular, cuja reputação como cumpridor dos seus deveres ajudou a família real a superar o escândalo decorrente da abdicação de Edward VIII, que preferiu se casar com uma plebeia norte-americana. Ao longo da Segunda Guerra Mundial, o pai da atual rainha se tornou uma figura querida por praticamente todos os estratos da sociedade.
Nestes 60 anos, a Grã-Bretanha passou por mudanças dramáticas e se tornou uma sociedade mais igualitária, na qual frequentar lugares como Oxford e Cambridge não é mais privilégio da aristocracia. A maioria dos nobres hereditários perdeu suas cadeiras na Câmara dos Lordes.
Mas nem tudo foram flores no atual reinado. Elizabeth II foi a monarca que dissolveu o império britânico, da independência do Quênia à entrega de Hong Kong à China, embora ela continue oficialmente sendo a chefe de Estado de 16 países e presida a Commonweatlh (Comunidade Britânica).
Casamentos e divórcios
Seu casamento com um príncipe grego segue bastante sólido, mas sua irmã, sua filha e dois dos seus filhos tiveram rompimentos amorosos bastante turbulentos. No jubileu dos 40 anos, ela declarou que 1991 havia sido um "annus horribilis" ("ano horrível"), pois três dos seus quatro filhos se separaram, e um incêndio atingiu o Castelo de Windsor.
Seu casamento com um príncipe grego segue bastante sólido, mas sua irmã, sua filha e dois dos seus filhos tiveram rompimentos amorosos bastante turbulentos. No jubileu dos 40 anos, ela declarou que 1991 havia sido um "annus horribilis" ("ano horrível"), pois três dos seus quatro filhos se separaram, e um incêndio atingiu o Castelo de Windsor.
A morte da princesa Diana, em 1997, piorou ainda mais a imagem da monarquia, pois a opinião pública considerou que a rainha reagiu com frieza diante da tragédia que abateu a popular ex-mulher de Charles. Mas, apesar das crises naquela que já foi descrita como "a mais disfuncional família da Grã-Bretanha", Elizabeth continua digna e confiável. Nenhum dos escândalos chegou realmente a pôr em xeque uma linhagem real que remonta a Guilherme, o Conquistador, em 1066. Até republicanos convictos acham que tão cedo a rainha não deixará de ser reverenciada.
Amparada por uma operação midiática mais profissional e sofisticada, a família real conseguiu recuperar sua reputação depois da sombria década de 1990, e foi além. Prova disso foi o sucesso do casamento do filho mais velho de Charles, William, com Kate Middleton, que aconteceu no ano passado e atraiu mais de 1 milhão de pessoas às ruas de Londres, além de ser visto por cerca de 2 bilhões de pessoas pela TV no mundo todo. Fonte: notícias. terra.com.br
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