Dilma critica europeus por cortar
direitos trabalhistas para combater crise
Rio de Janeiro, 13 jul (EFE).- A presidente Dilma Rousseff
criticou nesta sexta-feira os governos dos países europeus que anunciaram cortes
de direitos trabalhistas como parte de medidas anticrise.
'Vários países do mundo estão cortando o décimo terceiro
salário, como foi o caso da Espanha nesta semana. Cortam em 30% o salário dos
vereadores, aumentam os impostos e o país vai de mal a pior', afirmou Dilma
durante a cerimônia de batismo de uma plataforma de petróleo (P-59) da Petrobras
na cidade de Maragojipe, na Bahia.
A presidente lembrou que a taxa de desemprego em alguns países
europeus chega a 25%, e em alguns casos metade da população jovem está sem
trabalho.
Dilma garantiu que o 'Brasil está em outro caminho', o da
distribuição da riqueza e da redução dos custos de produção sem cortar salários
ou benefícios sociais 'conquistados pelos trabalhadores em uma vida de
lutas'.
'O nosso caminho não é o caminho de tirar direito dos
trabalhadores, o nosso caminho é outro, e nós vamos persegui-lo, vamos nos
dedicar a ele sistematicamente', afirmou Dilma, que defendeu ainda a redução de
impostos e a capacitação da força de trabalho.
Dilma destacou que o Banco Central acaba de reduzir as taxas de
juros para 8%, a menor da história no país, e que o governo aposta na manutenção
do real a um nível que impeça o sucateamento da indústria nacional.
'O meu governo, eu posso assegurar a vocês, está atento para
garantir que o nosso país, diante dessa situação internacional, tenha um
desempenho o melhor possível, e saia dessa crise aproveitando oportunidades que
sempre uma crise traz', argumentou.
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