ARTIGO
Escrito por CNBB
Publicado:11 Dezembro 2015
Categoria:Dom José Gislon, OFM Cap
Dom José Gislon - Bispo de Erexim
PORTA SANTA
Estimados Diocesanos! Neste domingo, 13 de dezembro, terceiro domingo de Advento, temos a cerimônia de abertura da Porta Santa, na igreja Catedral São José em Erechim. Esse mesmo ato acontecerá nos milhares de catedrais e santuários em todo o mundo, dando início ao Jubileu da Misericórdia nas Dioceses.
No nosso dia a dia, passamos por muitas portas. Talvez vivemos isso como uma rotina, saindo de casa e indo para o trabalho, para a escola e a tantos outros compromissos. Algumas portas nós mesmos abrimos e fechamos, outras são abertas para nos acolher. Na linguagem popular, geralmente se usa a expressão “venha nos visitar, lá em casa as portas estão sempre abertas”. Esta linguagem expressa de forma antecipada a acolhida de quem vai chegar, isto é, você é bem-vindo em nossa casa. Ao entrarmos por uma porta, podemos sentir a sensação de segurança, porque protegidos pelo ambiente ou insegurança porque expostos à realidade que está ao nosso redor. É costume, no final do dia, nos preocuparmos em ter as portas fechadas, pois temos medo de que alguém possa entrar, se elas permanecerem abertas. Mas também podemos ter muitas decepções e sentir tristeza quando necessitamos de ajuda, e encontramos portas fechadas. Portas que não são abertas muitas vezes porque não se quer ver nem ser solidário com a realidade dos que padecem.
Na nossa vida, há uma porta que só nós mesmos podemos abrir. Talvez seja a mais difícil. É aquela do nosso coração. Quando abrimos esta porta, entramos em comunhão conosco, com a realidade dos irmãos, com o mundo e com Deus, o criador e senhor do universo.
A Igreja, no intuito de aproximar ainda mais os filhos e filhas da misericórdia do Pai, propôs o Ano Santo ou Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Este tem início com a abertura simbólica da Porta Santa. É um tempo especial para sermos tocados pelo Senhor Jesus e transformados pela sua misericórdia para nos tornarmos, também nós, testemunhas da misericórdia. Não é algo mágico, tipo a “porta da esperança”, mas é algo que nos enche de esperança, porque podemos viver na vida de fé a experiência do amor e da misericórdia do Pai.
Tende todos um bom domingo.
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