CATEQUESE DA PAROQUIA NOSSA SENHORA DAS DORES REALIZA PALESTRA SOBRE DE INFÂNCIA MISSIONÁRIA
O QUE É, COMO SURGIU E QUAIS OBJETIVOS DA INFANCIA MISSIONÁRIA?
November,10/ 2018 - Catequese
Já tinha ouvido falar sobre a infancia missionária na nossa arquidiocese, e até participado de encontros, mas foi no encontro promovido pela catequese da minha paróquia, que vi a realidade desta missão. Efoi na pessoa de Beatriz Catequista, que trouxe a catequista Rosenilda, do Estado de Sergipe para falar sobre a infancia missionária, e sua experiencia sobre o assunto para as crianças da nossa paróquia.
O encontro foi brilhante de modo que todos se interagiam,principalmente uma criança que representou o menino rico, ela a Rosenilda da Silva Alves explicava brevemente sobre a infância missionaria; foram tantas informações importantes como: historinha das criancas ricas e uma pobre,os 5 continentes e a palma da mão. De modo que que resolvemos pesquisar mais um pouco sobre o assunto.
Fundador
D. Carlos Augusto Maria José de Forbin-Janson nasceu em Paris, em três de novembro de 1785, de uma família nobre (tinha o título de conde). Aos cinco anos de idade, teve de experimentar as amarguras do desterro, indo para a Alemanha com os seus pais, onde a perseguição, por terem querido defender a Monarquia, havia-os forçado a buscar asilo. Recebeu uma primorosa educação cristã. Sua maior felicidade era assistir à Santa Missa, visitar Jesus no seu Santíssimo Saramento e ajudar os pobres. Aos 23 anos, entrou no Seminário de São Sulpício, em Paris. Em 1811, foi ordenado sacerdote. O apostolado era a sua grande paixão. Sua voz eloquente ressoou de um extremo ao outro da França, ganhando inúmeras pessoas para Deus. Era sabido que o seu coração e o seu bolso estavam abertos aos pobres, aos quais ele dava até suas roupas mais necessárias. Em 1817, foi enviado em missão à Síria. Esteve na Turquia, visitou Nazaré e chegou a Jerusalém. Em 1819, voltou a França, onde continuou seu trabalho missionário. Eleito Bispo de Nancy e de Toul, Primaz da Lorena “foi o retrato do Bom Pastor”. Se dedicou por inteiro a missões na França, já que não podia ir à Ásia. Preocupava-se pela infeliz situação de milhares de crianças na China.
Notícias vindas de missionários dos “países de missão”, de modo especial da China, falando sobre a dura realidade das crianças como mortalidade, abandono, fome…
Como cartas desse tipo:
“ENCONTRO-ME RODEADO, MESMO SEM SABER COMO, DE UMA DEZENA DE CRIANÇAS, UMAS BEBES, OUTRAS DE DOIS, TRÊS, QUATRO ANOS DE IDADE, ALGUMAS COBERTAS DE SARNA, OUTRAS, DE FERIDAS. OS POBREZINHOS JÁ NÃO TÊM O QUE COMER E SE CANSAM DE CHORAR. É PRECISO CONSEGUIR COMIDA PARA ELES, E PAGÁ-LA… ENQUANTO ISSO, PARA NÃO MORREREM DE FOME, VÊ-ME OBRIGADO A PREPARAR-LHES EU MESMO UM PRATO DE FARINHA E AÇÚCAR, DEPOIS TENTO ARRANJAR-LHES ROUPA, MEDICÁ-LOS, LAVÁ-LAS, DAR-LHES UM TETO, ENFIM, FAZER ÀS VEZES DE UMA MÃE… DEUS CONCEDE-ME AS FORÇAS PARA SUSTENTAR TANTAS”
Como surgiu a infância missionária?
Teve então a ideia de convocar as próprias crianças para enfrentarem o desafio-“Crianças ajudam e evangelizam crianças”- Ele, desejoso de apoiar as atividades dos católicos na China, propôs as crianças de Paris que ajudassem outras crianças, recitando uma ave Maria por dia e oferecendo uma moeda por mês. Fundando a obra da Santa Infância, no dia 19 de maio de 1843, em Paris. E hoje chamada INFÂNCIA MISSIONÁRIA.
A obra difundiu-se imediatamente nas dioceses da França, e em outros países na Europa e na América. Hoje está presente em mais de 110 países. Em 1922, o papa Pio XI a declarou pontifícia, isto é, do Papa, e portanto, de toda a igreja, juntamente com as obras missionárias da Propagação da Fé de São Pedro Apóstolo, às quais uniu-se em 1956 Pio XII), a União Missionária, constituindo-se as Pontifícias Obras Missionárias. No Brasil, ela foi trazida por missionários franceses, em 1858.
Em 1993, quando se comemoravam os 150 anos da Infância Missionária, em Cali (Colômbia), foi realizado o 1° Encontro Latino-Americano da Infância Missionária, que contou com participação de uma delegação brasileira: 20 adultos e 06 crianças. “Esta celebração jubilar foi o sopro do Espírito Santo que fez novamente arder no Brasil a chama ainda fumegante da antiga Santa Infância”, agora Infância e Adolescência Missionária.
A Obra tem se desenvolvido com grande vigor e intensidade:
– vão surgindo grupos, cada vez mais numerosos, nas comunidades, paróquias, colégios e escolas;
– a atualização da identidade e do carisma vem sendo aprofundada em encontros, congressos, trocas de experiência, escritos e debates;
– a organização vem melhorando, graças ao constante esforço de colaboração com as pastorais da Igreja, com a vivência de outros países, animada pela prioridade reconhecida às crianças e adolescentes na sociedade civil e também pelas organizações supranacionais.
Hoje, no Brasil, a IAM conta com cerca de 30 mil grupos que são acompanhados pelos coordenadores estaduais e diocesanos, em sintonia com a coordenação nacional.
Quais os objetivos?
O fato de salvar crianças da morte certa e dar-lhes oportunidade de sobreviver e serem batizadas fez com que o novo projeto de D.Carlos despertasse simpatia e acolhida, enquanto expressão de caridade cristã e solidariedade universal. Assim foram definidos seus objetivos pelo fundador:
Salvar as crianças da morte e da miséria,
Batizá-las e educá-las como cristãs;
Prepará-las para serem apóstolos de outras crianças, orientando-as na vocação e profissão.
Desde a segunda metade do século 19 até os nossos dias, graças à atividade de educadores com espirito missionário, centenas de milhares de crianças foram sensibilizadas e comprometeram-se neste movimento de solidariedade universal.
( Fontes: http://filhosparaoceu.com.br) e ( Fonte: www.pom.org.br )
Grupos
São grupos de crianças e adolescentes até 14 anos de idade que atuam como fermento missionário na escola, na família e na comunidade. Cada grupo escolhe uma criança ou adolescente como Coordenador, que anima os encontros e distribui as atividades, com a ajuda de um Assessor adulto. Os grupos devem inserir-se na pastoral de conjunto da paróquia e diocese, e cultivar uma comunicação constante com o pároco, com as coordenações missionárias e com os conselhos pastoral.
Frutos da obra da IAM
Ajuda pais, educadores, catequistas e assessores a despertar nas crianças e adolescentes a consciência missionária universal.
É fonte de vocações missionárias
Promove a cooperação espiritual, mediante oração, sacrifícios e testemunho de vida.
Promove a cooperação material para com as crianças necessitadas de todo o mundo, com ofertas materiais fruto de sacrifícios pessoais (o cofrinho)
É memória viva da humanidade dos países além – fronteiras, nas comunidades, paróquias e dioceses, infundindo o ardor missionário e abrindo os horizontes para a solidariedade universal.
Metodologia
Os encontros de grupo semanais alternam-se em quatro etapas de formação chamadas Áreas Integradas:
1ª Semana: Realidade Missionária: Neste encontro, as crianças e adolescentes colocam em comum as informações que conseguiram recolher sobre determinado tema de interesse das crianças e adolescentes dos países além-fronteiras. Estas informações são organizadas de modo a se obter uma visão completa da realidade.
2ª Semana: Espiritualidade Missionária: Desta vez, as crianças e adolescentes procuram e colocam em comum textos que pesquisaram na Bíblia e em outros livros religiosos, procurando saber o que Deus pensa sobre a realidade estudada na primeira semana, a fim de “sentir como Jesus sentia”
3ª Semana: Compromisso Missionário: Neste terceiro encontro, os membros do grupo formulam um compromisso, para dar a sua resposta às realidades estudadas nas primeiras semanas. É escolhido aquele que dentro das possibilidades do grupo tenha mais de perto alcançado os missionários que trabalham em terras distantes. os povos de outros continentes e culturas, as situações mais urgentes e precárias. O grupo não recusa os apelos que lhe vêm da realidade local, sobretudo daqueles que ninguém atende, mas sem esquecer que o seu carisma específico é a dimensão além-fronteiras.
4ª Semana: Vida de Grupo: É a celebração da caminhada do mês, aberta a todos, sobretudo a quem nunca é festejado, nunca é lembrado, nunca é chamado a participar. Fazem confraternização e as crianças levam moedinhas de suas economias para o cofrinho.
As cores
As coresontinente significa cada uma das grandes divisões da Terra. E estas divisões tornam-se conhecidas por um nome: Ásia, África, Europa, América, Oceania.
No contexto missionário, cada um deles receberam uma cor que os representam, este ano as doações do cofrinho vão para Oceania:
• A cor verde recorda a África, com suas florestas e também a esperança do crescimento da Fé cristã, graças também aos missionários que lá se encontram.
• A cor vermelha lembra as Américas, por causa da cor da pele dos primeiros habitantes, os índios, (“os peles-vermelhas”, como foram chamados na América do Norte) e também o sangue dos mártires, derramado por estes povos na época da conquista destas terras pelos europeus e nos nossos dias. Mártires de ontem e de hoje.
• A cor branca representa a Europa, terra da raça branca. É também o continente que tem a presença do Papa, o grande mensageiro e missionário da paz.
• A cor azul lembra a Oceania, continente formado por muitas ilhas e necessitado de missionários, mas que já envia seus missionários para outras terras, inclusive para o Brasil. É também o continente da ecologia, ou seja, o que mais luta pela preservação da natureza.
• A cor amarela representa a Ásia, continente da raça amarela, berço das antigas civilizações, culturas e religiões. Lá se encontra quase metade da população do planeta e a menor porcentagem de cristãos. Vivem os extremos da riqueza e da pobreza
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