Dom Jacinto Brito celebra Batizado e Eucaristia na Penitenciária Feminina
Penitenciária Feminina de Teresina, unidade prisional localizada na BR-316, participam da celebração eucarística
Na manhã da última sexta-feira (09), as detentas da Penitenciária Feminina de Teresina, unidade prisional localizada na BR-316, participaram de uma celebração eucarística na quadra de esportes do presídio. Durante a ocasião, presidida pelo arcebispo de Teresina, algumas reeducandas demonstraram grande emoção ao receberem os sacramentos do Batismo e da Eucaristia.
A pandemia da Covid-19 trouxe muitas dificuldades, incluindo restrições às visitas familiares nos presídios impostas pelo Tribunal de Justiça. Devido a isso, a Pastoral Carcerária esteve presente nos presídios de Teresina, acompanhando e formando agentes na Arquidiocese.
De acordo com o diácono Paulo Weidson, coordenador da Pastoral Carcerária Arquidiocesana, a preparação das detentas para receber os sacramentos foi diferenciado do que acontece dentro das comunidades. “Nós tivemos seis sábados de preparação, com momentos intensos de reflexão e esclarecimento de dúvidas sobre cada sacramento. Foi a partir disso, que conseguimos ver nelas o real desejo de receber Cristo em suas vidas”, explicou o diácono.
Para o secretário de Justiça do Piauí, Carlos Edilson, a solenidade foi um momento especial para a Penitenciária Feminina de Teresina ao receber Dom Jacinto, onde as educandas puderam ter contato com a Palavra de Deus.
“Uma ação como essa é sempre bem-vinda, já que a Palavra de Deus é um dos pilares do nosso sistema. Só Deus pode libertar através da fé, e ninguém está aqui para julgar o passado dessas mulheres. Nossa missão é fazer com que elas tenham uma vida diferente ao sair daqui e o encontro com Deus sem dúvidas, é muito importante para que isso aconteça”, destacou.
A celebração contou ainda com a participação de funcionários e servidores da Secretaria de Justiça, além de policiais militares que fazem a guarda da unidade prisional. O arcebispo de Teresina, externou que são celebrações como essa em que são tocadas as chagas de Jesus, estando em contato direto com pessoas que passaram por situações verdadeiramente difíceis ao longo da vida.
“São pessoas marcadas muito mais por dentro do que por fora, seja por situações familiares terríveis, vivendo uma vida sem perspectiva, além de estarem privados de liberdade. É necessária uma presença fraterna de alguém que diga que eles não estão sozinhos e nem estão abandonados por Deus”, finalizou.
Na perspectiva do Natal e de renovação, a Arquidiocese de Teresina se alegra em realizar ações de fraternidade àqueles que necessitam de atenção.
Por : Maria Clara Guimarães
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