MISSA SOLENE DA NOITE DE NATAL
Véspera de Natal na Catedral foi abençoada com muita chuva
Hoje, dia 24 de Dezembro, às 21h, aconteceu a celebração de véspera de Natal na Igreja de Nossa Senhora das Dores, celebrada pelo o Bispo dom Jacinto de Brito e participada por centenas de fieis, paroquianos e outras pessoas oriundas de outras regiões.
A solenidade foi transmitida pelo canal do youtube e assim, dando aos fieis que não puderam participar da santa missa por causa da chuva a oportunidade de puderam assistir pela televisão.
De acordo com a Hellem nossa colaboradora, que não pode ir para a Catedral, ela disse que a santa missa foi linda, participativa que houve a benção do Menino Jesus.
VEJA TAMBÉM MISSA SOLENE DA NOITE DE NATAL COM O PAPA FRANCISCO
“Certamente não é fácil deixar o tépido calor do mundanismo para abraçar a nua beleza da gruta de Belém, mas lembremo-nos de que, sem os pobres, verdadeiramente não é Natal. Sem eles, festeja-se o Natal, mas não o de Jesus... Irmãos, irmãs, no Natal Deus é pobre: renasça a caridade!” Foi a exortação do Papa na Missa da Noite de Natal presidida por Francisco na Basílica de São Pedro com a participação de milhares de fiéis e peregrinos provenientes de várias partes do mundo
Raimundo de Lima – Vatican News
Na homilia da Missa solene da Noite de Natal deste sábado, na Basílica de São Pedro, com milhares de fiéis e peregrinos presentes oriundos de várias partes do mundo, o Papa Francisco convidou-nos a redescobrir o sentido do Natal. Como voltar a encontrar o seu significado? E sobretudo aoinde ir procurá-lo? “O Evangelho do nascimento de Jesus parece escrito precisamente para isto: tomar-nos pela mão e levar-nos lá onde Deus quer”, ressaltou o Pontífice.
A manjedoura! Para voltar a encontrar o sentido do Natal, é preciso fixar nela o olhar. E por que é tão importante a manjedoura? Porque é o sinal, não casual, com que Cristo entra em cena no mundo. É o manifesto com que Se apresenta, o modo como Deus nasce na história para fazer renascer a história. Que nos quer dizer então a manjedoura? Pelo menos três coisas: proximidade, pobreza e concretismo. Francisco desenvolveu sua reflexão na homilia a partir daí.
Proximidade
A manjedoura serve para deixar o alimento mais próximo da boca e assim consumi-lo mais depressa. Deste modo pode simbolizar um aspeto da humanidade: a voracidade em consumir, ressaltou o Papa.
“E as principais vítimas da voracidade humana são sempre os frágeis, os vulneráveis. Também neste Natal, uma humanidade insaciável de dinheiro, poder e prazer não dá lugar – como sucedeu com Jesus – aos mais pequenos, a tantos nascituros, pobres, abandonados. Penso sobretudo nas crianças devoradas por guerras, pobreza e injustiça. Mas é precisamente lá que vem Jesus, menino na manjedoura do descarte e da rejeição.”
“Na manjedoura incómoda da rejeição, acomoda-Se Deus: vem para ali, porque nela está o problema da humanidade, a indiferença gerada pela pressa devoradora de possuir e consumir. Cristo nasce lá e, naquela manjedoura, descobrimo-Lo próximo”, acrescentou o Santo Padre.
Pobreza
Além da proximidade, a manjedoura de Belém fala-nos de pobreza. Na realidade - observou -, à volta duma manjedoura, não há grande coisa: tojo, qualquer animal e pouco mais. As pessoas hospedavam-se no quentinho dos albergues, não no estábulo frio duma pensão; mas aqui nasceu Jesus, e a manjedoura lembra-nos que nada mais havia em redor senão quem Lhe queria bem: Maria, José e alguns pastores… todos, pobres, irmanados pelo afeto e a maravilha, não por riquezas e grandes possibilidades. E assim a pobre manjedoura faz emergir as verdadeiras riquezas da vida: não o dinheiro nem o poder, mas as relações e as pessoas.
“E a primeira pessoa, a primeira riqueza é Jesus. Mas nós… queremos mesmo estar ao seu lado? Aproximamo-nos d’Ele, amamos a sua pobreza? Ou preferimos cingir-nos comodamente aos nossos interesses? Sobretudo visitamo-Lo onde Se encontra, isto é, nas pobres manjedouras do nosso mundo? É lá que Ele está presente. E nós somos chamados a ser uma Igreja que adora Jesus pobre, e serve Jesus nos pobres.”
“Certamente não é fácil deixar o tépido calor do mundanismo para abraçar a nua beleza da gruta de Belém, mas lembremo-nos de que, sem os pobres, verdadeiramente não é Natal. Sem eles, festeja-se o Natal, mas não o de Jesus... Irmãos, irmãs, no Natal Deus é pobre: renasça a caridade!”, exortou o Papa.
Concretismo
Desenvolvendo o último ponto de sua reflexão, Francisco ressaltou ainda que a manjedoura nos fala de concretismo. “Jesus, que nasce pobre, viverá pobre e morrerá pobre, não fez muitos discursos sobre a pobreza, mas viveu-a, em toda a sua profundidade, por nós. Da manjedoura à cruz, o seu amor por nós foi palpável, concreto: do nascimento à morte, o filho do carpinteiro abraçou a aspereza da madeira, a aspereza da nossa existência. Não nos amou com palavras, não nos amou por divertimento!”
Por fim, o Santo Padre fez uma premente exortação: “Não deixemos passar este Natal sem fazer algo de bom. Uma vez que é a festa d’Ele, o seu aniversário, ofereçamos-Lhe prendas de que Ele gosta! No Natal, Deus é concreto: em seu nome, façamos renascer um pouco de esperança em quem a perdeu!” Francisco concluiu a homilia da Missa solene da Noite de Natal em forma de oração:
Jesus, contemplamo-Vos recostado na manjedoura. Vemo-Vos tão próximo, perto de nós para sempre… Obrigado, Senhor! Vemo-Vos pobre, ensinando-nos que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas nas pessoas, sobretudo nos pobres: desculpai, Senhor, se não Vos reconhecemos e servimos nelas. Vemo-Vos concreto, porque concreto é o vosso amor por nós: ajudai-nos a dar carne e vida à nossa fé. Amém.
SANTO DO DIA 24 DE DEZEMBRO
Santa Paula Cerioli, uma mulher de maternidade alargada
Esposa, Mãe e Fundadora
Origens
Paula Elisabetta Cerioli, nascida Costanza Cerioli, em 28 de janeiro de 1816, viveu dócil e obediente com sua família em Soncino di Cremona até os onze anos de idade. Então, por quase cinco anos, ela foi enviada para longe de casa para estudar em um internato de Irmãs animadas pela espiritualidade salesiana, localizado em Alzano di Bergamo. Voltando aos seus lugares de origem, ela dócil e livremente se dispôs aos desejos de seus pais.
Casamento e filhos
Aos dezenove anos, ela se casou com um homem de cinquenta e oito anos residente em Comonte di Seriate (BG). Juntos, eles deram vida a quatro filhos, três dos quais morreram muito cedo. Um deles, Carlo, viveu até os dezesseis anos, fazendo explodir nela a alegria e a amargura de uma maternidade esmagada. O casamento vivido em meio à solidão e devoção terminou cedo de forma libertadora e problemática. Com efeito, tendo permanecido viúva do marido, aos trinta e nove anos de idade entrou numa profunda crise existencial. Isto levou Santa Paula a procurar mais fundo e para além das perdas sofridas o sentido do que lhe acontecera e do que Deus lhe pedia dela.
Busca incessante pela vontade de Deus
Um discernimento cansativo e exigente – guiado primeiro por Dom Alessandro Valsecchi e depois também pelo grande Bispo de Bergamo Pietro Luigi Speranza – levou-a a confiar-se ao Senhor com renovado entusiasmo, enquanto sentia o próprio desejo de maternidade mantido vivo intrinsecamente revitalizado nela pelas palavras proféticas de seu filho moribundo, Carlo, que lhe disse:
“Mãe, não chores pela minha morte iminente, porque Deus te dará muitos mais filhos.”- (A. Longoni, Memorie della vita , em Opera Omnia , vol. VII, Bergamo 2001, p. 84).
Santa Paula Cerioli: a entrega total à fé, à esperança e à caridade
Entrega total a Fé
Dócil à orientação do paciente e iluminado diretor espiritual, ela elabora positivamente as próprias tragédias e se entrega à fé, à esperança e à caridade:
“Peço a Monsenhor que me abençoe que também eu sou sua ovelha, desgarrada sim, mas cheia de boas deseja reparar uma vida fria e indiferente ao serviço de Deus, agora que o Senhor me castigou com a maior das desgraças”- (PE Cerioli, Lettere, em «Opera Omnia», vol. III, Bérgamo 2001, p. 40).
A Sagrada Família de Nazaré, sua inspiração
Assim, num invulgar ímpeto de caridade, que a impulsionava todos os dias a socorrer os necessitados e enfermos ao seu redor, ao contemplar a misteriosa figura evangélica de Nossa Senhora das Dores e sentir-se guiada pela força protetora de São José, compreende que a revelação contida nas palavras de seu filho Carlo tem uma realização extraordinária no mistério da Sagrada Família de Nazaré, onde Maria e José cooperam de maneira admirável no desígnio salvífico do Pai celeste, tornando-se prolongamento terreno de sua maternidade salvífica e universal e paternidade.
De fato, ela própria deixa-nos este testemunho:
“Estas palavras, em vez de confortarem o meu coração atormentado, apertaram-me fazendo-me interpretá-las no sentido oposto e ignorando como alma inocente havia penetrado nos segredos de Deus.”– (A. Longoni, Memórias da vida , em Opera Omnia, vol. VII, Bérgamo 2001, p. 42).
Ponto de Partida: a família
Cuidado com as crianças
Esta contemplação transforma lentamente a sua ação caritativa e assistencial ao direcioná-la para as crianças mais solitárias e abandonadas e torna-se um projeto a ser realizado com alguns companheiros de apostolado para dar um futuro a quem, sem uma família digna, não tem futuro ( experiência do Gromo). Juntamente com a ajuda, Madre Cerioli percebeu imediatamente o poder educativo da família e da educação para com seus filhos: «É um dever estrito reler com frequência as instruções apropriadas sobre como educar as Filhas de São José, para não errar em um ponto tão importante como o de cuidar correta e sabiamente de sua dupla missão de mestra e mãe, criando e educando aquelas filhas, a cujo bem o instituto está destinado” (PE Cerioli, Direção do Instituto das Irmãs de Sagrada Família de Bérgamo (1906) , in As Regras, «Opera Omnia», vol. I, Bérgamo 2001, p. 344-345).
Casas e Escolas
As suas Casas e Escolas nasceram e desenvolveram-se com o intuito de promover o crescimento de toda a sociedade a partir da família. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o sucesso escolar, estava muito atenta ao problema da pobreza e da escassez de crianças sem família.
Páscoa
Em 24 de dezembro de 1865, após uma década de vida intensa e laboriosa, faleceu com menos de cinquenta anos de idade, tendo acabado de iniciar sua instituição feminina e masculina em favor das crianças mais “abandonadas” e “abandonadas” da sociedade de sua Tempo. Em 16 de maio de 2004, é proclamada Santa por João Paulo II.
Minha oração
“Mulher de maternidade alargada, não foste mãe somente de filhos biológicos mas de todos que precisavam de uma figura materna, cuidai de modo especial dos órfãos e desfavorecidos. Animai todos os teus filhos e participantes da tua obra. Amém.”
Santa Paula, rogai por nós!
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