sábado, 28 de janeiro de 2023

Ruffini: o caminho do coração e da verdade para comunicar a paz - Cidade do Vaticano

 

Ruffini: o caminho do coração e da verdade para comunicar a paz


Ser comunicadores que sentem no coração a própria pequenez, percebem a distância entre a tarefa de buscar e dizer a verdade e a capacidade de cumpri-la, com o risco de errar. Este é o desafio enfrentado pelos jornalistas, segundo o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, ao se pronunciar em Lourdes na 26ª edição das Jornadas de São Francisco de Sales, em andamento até 27 de janeiro.


Paolo Ondarza – Cidade do Vaticano




Responder ao desafio de testemunhar a verdade, com a consciência de ter algo de diferente do ruído do mundo, “um ruído que criou tantos surdos”. Este é o desafio dos comunicadores católicos, segundo Paolo Ruffini, ao se pronunciar em Lordes na quarta-feira, 25, durante as Jornadas de São Francisco de Sales.


Diante de cerca de 250 jornalistas e comunicadores católicos de todo o mundo, o prefeito do Dicastério para a Comunicação indicou na mensagem do Papa para o Dia das Comunicações Sociais a chave para fazer a diferença no "desafinado barulho do mundo". O Pontífice, recordou Ruffini, «convida-nos a fazer-nos ouvir procurando outro caminho, o do coração». "Poderia parecer um caminho que não diz respeito aos profissionais... não fosse precisamente o padroeiro dos jornalistas, São Francisco de Sales a recomendar que basta amar bem para dizer bem".
Empatia e sintonia de coração 




Daí a exortação do chefe do dicastério vaticano a serem empáticos, a se colocarem em sintonia de corações, deixando de lado assim “a falsa verdade segundo a qual um bom jornalista para fazer bem o seu trabalho não deveria olhar na cara de ninguém”.


A humildade é a pedra angular da profissão de comunicador. “O caminho do coração – continuou Paolo Ruffini, sempre citando Francisco – nos ajuda a enfrentar um dos principais desafios para um jornalista: a liberdade autêntica. Um desafio mais difícil do que nunca quando o contexto mediático está poluído pela exasperação verbal de conflitos, alinhamentos, sensações e sentimentos".
Contracorrente 




Como sugere o Papa, segundo o prefeito, somos chamados a ir contracorrente com coragem: "olhar para dentro de nosso coração", "voltar à raiz da vocação do jornalista e comunicador", "buscar a verdade com a sabedoria de coração puro, sem preconceitos”, “contando com a própria consciência, sabendo discernir a verdade além das aparências nas confusões, contradições, mexericos. E partilhá-lo, e fazê-lo crescer, no diálogo, nas relações”.
Um jornalismo de paz 




“Em um tempo dominado por corações duros – continuou – deveríamos ser reconhecidos pela pureza de nosso coração, apreciados como aqueles que, na confusa Babel desta mudança de época, sabem encontrar a verdade com um coração puro”. “Em um tempo dominado pela guerra - ressalta Ruffini - é necessário um jornalismo de paz, uma pedagogia de paz”: “devemos compreender como também nós somos chamados a construir a paz sem trair nem a justiça nem a verdade, nem o amor”.


A tarefa dos jornalistas católicos é, segundo Paolo Ruffini, "reportar os apelos de paz do Papa não como uma rotina cansada, mas com um coração puro que percebe o drama do momento, com um coração que bate junto com o de milhões de pessoas que sofrem pela guerra, pelas guerras, pela guerra mundial não mais em pedaços”.


As Jornadas de São Francisco de Sales são organizadas pela Federação Francesa das Mídias Católicas juntamente com a associação SIGNIS, a Associação Católica Mundial para a Comunicação e a UCSI, a União Católica da Imprensa Italiana. O Dicastério para a Comunicação também faz parte da organização desde 2018.

Fonte www.vaticannews.va/pt

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